Como prometido, esse é o segundo perfil de cineastas japoneses que, pra mim, são verdadeiras estrelas. Aquele tipo de cinema que você assiste pelo diretor, mesmo que não conheça os artistas principais de maneira aprofundada.
Um homem que nasceu em 1910 e viu seu país ser completamente devastado na segunda guerra mundial, a sua própria vida daria um filme denso e visceral, com bastante drama.
“Com uma carreira de cinquenta anos, Kurosawa dirigiu mais de 30 filmes. É amplamente considerado como um dos cineastas mais importantes e influentes da história do cinema. Em 1990 foi premiado com o Oscar (ganhou um Oscar honorário em 1990, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas) pelo conjunto de sua obra, pelas realizações cinematográficas que têm inspirado, encantado, enriquecido e entretido o público e influenciado cineastas de todo o mundo.”( Wikipédia)
Início do gosto pelas artes
Sua vida desde cedo foi influenciada pelas artes e quando ainda muito jovem, seu pai o levava ao cinema para assistir filmes ocidentais, cultura que muito chamava atenção. Esse primeiro contato serviu de uma espécie de gatilho para o jovem, embora sua primeira investida nas artes tenha sido o desenho (algo que o mesmo sempre utilizou em seus filmes, desenhando os próprios storyboards).
Kurosawa entrou no mercado de filmes em 1935 como profissional , mas sua estreia como diretor aconteceu apenas em 1943 com o filme A saga do judô. A consagração mundial do diretor aconteceu em 1951 quando o ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza pelo filme As portas do inferno. Esse filme é tão importante para a história do cinema, que foi por meio dele que Hollywood passou a olhar para os filmes estrangeiros e ver o quão expressivo era esse mercado, o que resultou na criação da categoria melhor filme estrangeiro, dentro da premiação do Oscar.
Esse cineasta tem uma linguagem única e uma abordagem muito própria, criando um estilo inconfundível, com imagens memoráveis que marcam o espectador. Kurosawa bebeu em diversas fontes, como o cinema americano, literatura russa, Shakespeare… Para o cinema japonês, muitas vezes foi tachado de muito ocidental e para o mercado ocidental era japonês demais, um caso típico de uma genialidade que o mundo não consegue acompanhar. Um homem que busca à fundo, sua fonte de inspiração e pincela na tela suas cores.
Pega a pipoca e vem se aventurar!
Kurosawa é uma das mais interessantes personalidades do século 20; um verdadeiro revolucionário; um artista que sabe da sua responsabilidade como tal. Por isso, mesmo que seja difícil de escolher, deixo com vocês a incumbência de assistirem um pouquinho do legado desse homem que marcou a história da sétima arte!
Baixe o infográfico que preparamos para você com dicas sobre os melhores filmes desse cineasta visionário!
- Rashomon (1950)
- Os sete samurais (1954)
- Trono Manchado de sangue (1957)
- Viver (1952)
- Sonhos (1990)
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A gente se encontra no próximo post, com mais cinema japonês. Até lá!
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Referências:
➜ Wikipedia - Akira Kurosawa
➜ Jistórias de cinema - Akira Kurosawa
➜ The Guardian - Akira Kurosawa
➜ Espinof - Akira Kurosawa sus diez peliculas
➜ Diário do Centro do Mundo - Os 8 maiores cineastas: Akira Kurosawa
➜ COnti Outra - 10 filmes de Akira Kurosawa que você precisa assistir
➜ Youtube - Akira Kurosawa
Beatriz Torres
Cantora e compositora. As próprias custas produção cultural. Nova redatora do Blog Japão com Tsuge, tem a missão de trazer e disseminar a arte e cultura japonesa.