Hoje vamos falar da subida ao Monte Fuji! Siiim, o grandioso Fujisan é o tema do dia. O Monte Fuji, fica a apenas 60 km de Tóquio. E por isso, em dias de céu limpo, é possível vê-lo lá da capital japonesa.
E se você perdeu algum episódio da viagem dos Tsuge pelo Japão, não tem problema! Dá uma olhada aí embaixo em tudo que rolou… Aproveite todas as dicas culturais e ainda baixe todos os roteiros que disponibilizamos em excel, pra facilitar no seu planejamento de viagem!
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Ise: espiritualidade latente, natureza exuberante e a tradição milenar, num só lugar!
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Kumamoto e seu grandioso castelo que quase foi destruído pelo terremoto
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A magia dos parques temáticos e a tradição de castelos antigos, nessa grande cidade chamada Osaka!
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Minha primeira parada no Japão: Yokohama! Entenda porque ela é a cidade ideal para começar essa viagem
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Nikko, encontre sabedoria em meio a natureza exuberante
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Nagasaki: alvo da segunda bomba atômica, hoje, símbolo da paz!
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Inesquecível Hiroshima: das cinzas da guerra à beleza de Miyajima
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A primeira capital do Japão: conheça Nara!
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Descubra Quioto: a cidade dos mais de 1600 templos
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Tóquio, onde passado e futuro se encontram!
E o que vamos falar hoje?
- Sobre Monte Fuji
- Viagem dos Tsuge: um dia subindo o Fujisan
- Pontos turísticos: Preços, horários e dias de funcionamento
- Dicas e Costumes: o país dos desastres naturais, aprenda como lidar com eles - parte 3
- Conclusão
- Extra: Roteiro de Viagem para o Monte Fuji!!! Gratuito para download!
Sobre Fujisan
O Monte Fuji é, de longe, um dos pontos turísticos mais famosos do Japão! Cartão postal do país, é também considerado um dos mais belos do mundo, por conta da sua simetria. A época que o Monte Fuji mais exala sua beleza é na primavera, quando fica com o topo encoberto de neve e os campos/parques, ao seu redor, ficam repletos de cerejeiras que contrastam com os lagos da região, formando um lindo cenário.
O Fuji não é apenas uma montanha, ele é na verdade um vulcão adormecido (um vulcão ativo, porém de baixo risco de erupção) há mais de 300 anos. É considerado um monte sagrado, por isso o respeito ao ser chamado Fuji-san. O sufixo “san”, é um honorífico que representa respeito e equivale a Senhor ou Senhora! O monte Fuji tem 3.776 mt de altitude, é o monte mais alto do Japão e o 35º mais alto do mundo. Sua cratera tem 820 mt de profundidade e 1.600 mt de largura.
Curiosidade à parte, existe o Monte Taranaki, na Nova Zelândia que é bastante parecido com o Fuji. Tão parecido que se passou pelo Fujisan no filme “O último samurai”.
Um pouco sobre sua história
Conhecido pelos japoneses como Fujisan, para os ocidentais é conhecido também como Fujiyama. O -yama significa montanha, em japonês, e Fuji é o seu nome. Não se sabe ao certo a origem do nome “Fuji”, mas…
Alguns dizem que deriva da língua da tribo indígena Ainu, que ao pé da letra significa “vida eterna”. Os estudiosos, no entanto, dizem que o nome se origina da língua Yamato e refere-se a “Fuchi”, a deusa do fogo budista.
- Japão em foco
Uma das crenças mais fortes no Japão é que todo homem que nasce lá, deve escalar o Fuji ao menos 1 vez na vida. Isso para ganhar uma benção espiritual e sorte na vida! Achei muito engraçado porque meu primo, Ryuta, que mora lá, só foi subir o Monte Fuji comigo! Mora lá desde sempre e nunca tinha ido! =O Tipo um carioca nunca ter ido no Cristo…
Até a Era Meiji, apenas homens podiam subir o Monte Fuji. Hoje, a visitação está liberada para homens, mulheres, crianças; japoneses ou estrangeiros. Todos podem degustar um pouquinho dessa aventura.
A escalada no Monte Fuji
Ah! Uma coisa muito importante é que quando falamos em “Escalar o Monte Fuji” já vem logo na cabeça a ideia de escalada mesmo, cheio de equipamento de segurança e tal. Mas não é nada assim tão “Everest”… É na verdade uma subida; caminhar em direção ao topo. Não é preciso nenhum conhecimento técnico pra fazer. Apenas vontade e preparo físico, porque cansa!
A temporada de subida ao topo do Fuji, ocorre de julho a início de setembro, época do verão no Japão. Nesse período, você não precisa de nenhuma autorização pra subir. É só chegar lá e rumo ao topo.
Entretanto, pra quem quer aventura de verdade (escalar no gelo, passar perrengue e correr um pouco de risco) é possível ir também fora desse período. Mas pra isso, você deverá apresentar o Formulário de Plano de Escalada e entregar à Polícia ou entregar no Posto Policial da 5ª parada do Monte Fuji. Todas as paradas (lojas e cabanas) vão estar fechadas. Então é preciso ter bastante experiência em aventuras desse tipo pra ir fora de época. O que não era o meu caso…
Por conta da boa infra-estrutura local e do fácil acesso ao topo (além das crenças locais, é claro), o Fuji é o monte mais escalado do mundo. Mais de 200 mil pessoas sobem o Fuji por ano. E 30% apenas, são turistas.
Por que subir o Monte Fuji?
Além da crença de que o monte traz sorte para os homens japoneses que o escalarem, acredita-se também que a subida é uma forma de agradecimento por algo que tenha acontecido ou ainda como forma de pedir que algo importante aconteça. É como a escadaria da Penha aqui no RJ, que a galera vai lá fazer pedidos ou pagar promessas.
Fora todo esse lado sagrado que o Monte carrega, lá de cima você também pode apreciar belas vistas do Japão. O pôr/nascer do sol visto do topo da montanha é um dos passeios turísticos mais queridos pelos visitantes. Em volta do Fuji existe um conjunto de 5 lagos e parques que formam um lindo cenário, que os fotógrafos de plantão adoram!
Você ainda pode dar uma volta e olhar a cratera bem de pertinho, se o tempo estiver bom lá em cima (não foi o meu caso.. =/). Essa volta em torno da cratera, pode te tomar aí 1 hora e meia de caminhada.
Mas o que achei mais interessante, é o fato de você ver a natureza por um outro ângulo. Lá de cima, parece que o tempo passa mais rápido: sabe aquelas cenas de filme que eles aceleram, para as nuvens passarem mais rápido!? É exatamente assim! O vento é tão forte, que em questão de segundos a vista está completamente limpa e do nada fica tudo enevoado!
Dados da Viagem dos Tsuge no Monte Fuji
Quando comecei a me planejar para ir pro Japão, e vi que era possível subir o Monte Fuji, já me empolguei logo. Fui falar com meu tio pelo face e ele me disse que já tinha subido 2 vezes e que poderia me levar! Noooossa, topei na hora.
Ele só meu deu um alerta: “você tem preparo físico?”. E como eu estava na minha época de super atleta, combinei que faríamos a subida num fim de semana para que ele pudesse ir comigo.
Por conta do mal tempo, não conseguimos ir no primeiro fim de semana em que eu estava lá. E com muita sorte, porque o tempo não tinha melhorado tanto assim, conseguimos subir. Lá estava igual ao Rio de Janeiro: passa a semana toda fazendo maior solzão, chega fim de semana o tempo fecha! haha!
Era na verdade, o último dia do ano em que a estação de Escalada estava aberta. Saímos de Ise em direção à Shizuoka no sábado, fim da tarde…
Íamos pegar meu primo em Shizuoka e seguir para o Fuji de carro. Devido ao mal tempo, tivemos que deixar o carro no pé da montanha e subir de táxi (lá tem táxi autorizado, com motoristas especialistas em subir a montanha com condições de neblina péssimas) até a 5ª parada (2.305 mt).
Planejando a Subida ao Fuji
Uma coisa interessante é que você não sobe a partir da base do monte, e sim, da 5ª parada que fica bem acima da metade do caminho.
Quando for planejar sua subida ao monte Fuji, você deve ter em mente algumas coisas:
- Existem 4 rotas principais para subir: Yoshida (amarela), Subashiri (vermelha), Gotemba (verde) e Fujinomiya (azul). A entrada da Yoshida fica na província de Yamanashi, enquanto as outras ficam em Shizuoka.
- Roupa térmica: calça e, pelo menos, uma camisa térmica ajudam a controlar o frio. Enquanto você sobe, vai sentir um calorão, por conta do esforço físico. Mas tem momentos que bate cada rajada de vento… que cacete! Doem os ossos. Ainda mais se você tiver que esperar lá na última parada, para ver o sol, ou até mesmo se parar pra descansar, vai precisar de uma boa roupa térmica!
- Tênis apropriado: vá com um tênis de trail. O solado é mais grosso e robusto e o cano é um pouco alto. Isso auxilia a evitar torsão (principalmente na descida) e também não machucar o pé com as pedras no caminho.
- Preparo físico: é ideal ter um pouquinho de preparo físico pra que a subida não seja assim, tão árdua. Não precisa ser nenhum Iron Man não, mas sair de uma vida sedentária para encarar o Fujisan, é muita loucura!
- Comida e bebida: ao longo do caminho existem as paradas. São casas que vendem comida, bebida, tem banheiro e até hospedagem. Mas os preços não são tão legais. Então é bom levar algumas comidinhas e água na mochila. A gente levou chocolate e uma barrinha chamada “Calorie Mate”, específica pra comer enquanto faz exercícios e precisa de energia. Fazer um pit stop em alguma dessas paradas pra tomar um chá/café quentinho, vale a pena!
- Cajado: se você já faz trilha, já deve ter um bastão de apoio. Mas, eu sugiro (mesmo pra quem já tenha) comprar o cajado de madeira que eles vendem na 5ª parada. Porque ao longo da subida, em cada parada, você pode pagar para eles “carimbarem” seu cajado, com um metal quente, é muito irado! Você pode até pensar que não precisa do cajado, mas, vou te falar, que na descida ele é essencial! Ah, o cajado custa em torno de 10 USD, e cada carimbo uns 2 a 4 USD. É uma ótima recordação!
- Protetor solar/óculos de sol: parece até brincadeira, mas a junção do sol e do frio lá em cima queima legal! Então melhor se prevenir!
- Cachecol/toalhinha: tenha algo pra enrolar no pescoço, seja para os momentos frios ou para secar o suor. Nos momentos de calor, o suor escorre.
- Meias: use duas! As extremidades têm que estar bem aquecidas e o pé sofre muito com os pedregulhos. Então 2 meias, além de esquentar, aliviam o impacto e atrito com o tênis.
- Luvas: eu comprei luvas na subida, apesar de estar com umas que minha tia me emprestou. Acontece que a parada é tão úmida que minhas luvas encharcaram e meus dedos adormeceram por causa do frio. Então lá por volta da 8ª ou 9ª parada, tive que comprar outro par de luvas. Dica: leve 2 pares!
- Corta-vento: tanto faz se for casaco, calça ou até mesmo aquelas mantas corta-vento. Mas tenha um. Principalmente se for esperar lá no topo pelo nascer/pôr-do-sol. Como viram no vídeo aí em cima, lá venta muuuuito.
- Lanterna para cabeça: dica especial pra quem pretende subir à noite. A trilha é demarcada, tem cordas orientadoras ao longo do caminho, mas o terreno é bem acidentado. Uma luz vai cair muito bem nesse caso!
- Oxigênio em lata: quando meu tio me falou isso eu ri. Mas sério, pra quem tem problema respiratório ou quer subir numa velocidade legal, sem ter que parar muito, a lata de oxigênio (estilo bombinha de asma) é uma ótima solução. Te falar… da 9,5 parada até a 10ª foi sofrido. Andava 100 metros e dava falta de ar.
- Dinheiro: levem dinheiro vivo. Lá em cima nas paradas eles não aceitam cartão. Se for usar banheiro, comer algo, beber, dormir, ou apenas carimbar seu cajado, vai precisar de uma grana… Além disso, é comum doar cerca de 1000 yen para ajudar na conservação do monte!
- Máscaras descartáveis: sabe aquela máscara de hospital? Que é a mesma que os japoneses usam quando estão doentes? É recomendado você levar uma pra usar na descida. Se você pegar um dia com bastante gente na trilha, vai subir uma poeirada da galera descendo. Aí a máscara vai te ajudar a respirar melhor.
- Adesivo Kairo: esse, é só uma sugestão. Coisa de Japonês! ahhah! É um adesivo térmico que você cola na sua roupa pra esquentar… Eu não usei isso não, mas vi e achei interessante comentar, já que não é uma coisa muito comum aqui pra gente, mas que é uma mão na roda pra quem não quer investir em roupa de frio.
- Lenço de papel: principalmente para as mulheres, mas recomendo sempre andar, em qualquer situação, com um lenço de papel na mochila. Os banheiros nem sempre tem papel, já que é costume do povo japonês andar com papel na bolsa.
- Mochila: afinal pra carregar tudo isso aí em cima, vai precisar de uma! Até porque, conforme for subindo, você vai sentir calor, vai sentir frio, tira casaco, coloca casaco… Enfim, leve algo grande o suficiente pra caber suas roupas, mas sem ser nada pesado demais pra não te prejudicar na subida.
Se pretende fazer a Escalada para o Monte Fuji quando for ao Japão, compartilhe com seus amigos…
Minha experiência na subida ao Fuji
Foi até bom ter que esperar lá na 5ª parada. Foi bom pra me ambientar com o frio e com a altitude. Aliás, é recomendado que você fique pelo menos 1 hora ali na 5ª parada, pra não sofrer com o aumento da altitude, repentinamente.
Nesse meio tempo, a gente que estava ali embaixo não podia subir, nem quem estava lá em cima, podia descer. Todos tiveram que ficar abrigados nas paradas. O bom do tempo ruim, é que a trilha não estava cheia, então quase não pegamos ninguém ao longo da subida e nem filas. O ruim, é que o tempo estava ruim… hahahah! Aí, a vista não era lá essas coisas. Mas éramos surpreendidos, volta e meia, como uma vista mais aberta!
Quando chegamos na 6ª parada o tempo começou a melhorar, mas era só pra dar o ar da graça mesmo, porque ele abria e fechava na velocidade da luz!
Continuamos a subida e o mais legal de tudo era chegar nas paradas e ir lá carimbar o cajado! Então, a cada parada, um “troféu” pra simbolizar a sua conquista! Muito maneiro!
Entre a 6ª e a 7ª paradas, a subida ficou mais puxada e minha tia não aguentou. Seguimos apenas eu e meu primo, Ryuta. A parte mais cômica de toda a subida é que eu não falava japonês e ele não falava português! A comunicação fluiu em linguagem de sinais! ahhaha!
E, finalmente, chegamos na 7ª parada. Pausa para uma foto, uma água, uma barrinha e, é claro, o carimbo no cajado - êbaaa!! O tempo esfriava, o vento era forte e gelado, mas conforme subíamos, era tranquilo. Duro era sair de dentro da estação de parada depois da pausa… mas, queríamos chegar logo. Até porque, imagina só se o tempo piorasse?! E a gente tivesse que ficar lá em cima “preso” esperando?! Não rola né!? Então, pé na montanha…
O cajado ajudava bastante em algumas subidas, mas o legal da trilha é que ela é cercada de cordas por, pelo menos, um dos lados, pra guiar quem não conhece o caminho. A cada parada, você também encontra placas orientando a direção e dizendo quantos metros uphill ainda faltam.
O engraçado é que acho que estava rolando tipo uma competição de corrida. Ou então, era uma gente meio louca, treinando mesmo. Mas passavam umas pessoas correndo monte acima, sem nenhum casaco nem calça. De short mesmo. Bastante adulto, mas algumas crianças também. Ô loco!
Chegamos à 8ª parada. O frio estava ficando crítico. Foi aqui que tive que parar pra comprar outras luvas. Minha roupa estava ficando encharcada por causa do vento e umidade. Aproveitamos a pausa mais longa para lanchar, tomar um café pra esquentar e alongar as pernas.
Falei longa, mas acho que exagerei. Se paramos por 30 minutos, foi muito! hahaha! E tu não vai acreditar… já que sentamos, fui pegar meu celular pra registrar o momento e TADAAHHHH, tinha rede lá em cima! E com direito à internet! Um tapa na cara da telefonia brasileira, que basta entrar em qualquer lugar pra ficar sem sinal!
Ah! Lá na 8ª parada tinha uma galera hospedada. Não é nada demais. Apenas um lugar onde se pode deitar mais reservadamente e descansar. É bom pra quem quer subir sem muita correria. O preço varia entre ¥ 5000 e ¥ 7000, dependendo se vai ter refeição inclusa ou não.
Continuamos a subida e chega a fase crítica entre a 9ª e 10ª paradas: a 9,5ª parada. Isso porque começa a ficar cansativo mesmo. O ar fica rarefeito demais e 100 mt parecem 1 km de caminhada. Duro! Mas pô, tu tá ali, quase no topo né?! Não existe a menooor possibilidade de parar ali. Então vida que segue e bora andar pra mandar o frio embora!
E finalmente, chegamos na parada 10! O topo!!! E pra tu ter ideia de como o tempo estava ruim, nem o templo nem a loja que tem lá em cima, estavam abertas. Então quem não tinha mantimentos ali, estava lascado.
O pior da lojinha estar fechada, foi que não conseguimos pegar o carimbo da última parada, looogo da última! Fazer o que né?! Mais um motivo pra eu voltar lá e fazer tudo de novo. E quem sabe na próxima, eu tenha sorte com um tempo bonito e ensolarado!?
Ficamos um tempo lá em cima, demos um rolé em volta da cratera, maaaas, estava muuuuito frio. Então resolvemos descer logo. E, sorte a nossa, conseguimos pegar um tempinho bom, pelo menos na descida!
Resumo da ópera: Chegamos na 5ª parada era 1h30 da madruga e esperamos até às 5h30 para liberarem nossa subida. Chegamos no topo da montanha 11h. Passamos 30min lá em cima e chegamos na 5ª parada, novamente, às 13h20. Foram 5 horas e meia subindo e 1 hora e 50 minutos, descendo.
Na descida tem que ser mais cauteloso, porque escorrega muito e é bem íngreme. O cajado é essencial nessa parte. Se o joelho vai pro espaço com o apoio do cajado, imagina sem…
Quanto foi gasto?
Só para lembrar de alguns dados importantes:
- 1 dia : 31/08/2013 (noite) a 01/09/2013
- Cotação da época: USD 1 = R$ 2,26 = ¥ 94,23
Na ida pro Monte Fuji não gastei muito, já que fui com meu tio. Fomos de carro até a base do monte. De lá pegamos um táxi que ia até a 5ª parada e depois só tivemos gastos com alimentação, cajado, carimbos e banheiro! Ah! Na volta pra casa da minha avó, gastei com passagem. O que acabei gastando foi:
- Alimentação: R$ 103,65
- Passeios (carimbos no cajado): R$31,05
- Compras (cajado, luvas e tênis): R$ 131,12
- Transporte (de volta para casa da Obaachan): R$ 119,42
Top 3: Pontos turísticos pelo Fuji
Sabe aquelas fotos de capa de revista do Monte Fuji, refletindo na água com uma cerejeira ao canto!? Então, são todas tiradas dessa região. O visual é incrível! São 5 lagos que compõem o visual: os lagos Kawaguchiko, Saiko, Yamanakako, Shojiko e Motosuko.
A época do ano pra ir nessa região é a primavera. Mas se for acompanhar a escalada no Fuji, você vai acabar indo no verão mesmo. Lá algumas atividades são comuns, tais como trilhas, acampamento, pesca… mas tem banho termal e museus também.
OBS.: Por serem diversos locais e atrações diferenciadas, não indicamos os preços e horários aqui.
2. Hakone
Faz parte do Parque Nacional Fuji-Hakone-Izu.
Famosa pelos banhos termais, pela beleza natural e diversas vistas do Monte Fuji.
OBS.: Por serem diversos locais e atrações diferenciadas, não indicamos os preços e horários aqui.
3. Fujinomiya
É uma cidade na base sul do monte Fuji, localizada em Shizuoka.
Famosa por abrigar a queda d’água mais bonita do Japão, a Shiraito Falls.
OBS.: Por serem diversos locais e atrações diferenciadas, não indicamos os preços e horários aqui.
Dicas de Costumes e etiqueta: o país dos desastres naturais, aprenda como lidar com eles - parte III
E agora, vamos para a última série sobre dicas de como reagir a desastres naturais. E como estamos falando do Monte Fuji, um vulcão inativo, nada mais justo do que falar sobre vulcões.
Se você ainda não viu as outras dicas sobre desastres naturais e como se comportar no meio de um deles. Veja em:
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Ise: espiritualidade latente, natureza exuberante e a tradição milenar, num só lugar!
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Japão: Tradição e Inovação – Uma Viagem para a Terra do Sol Nascente
Com procedimentos mais ligados à informação e abrigo, podemos separar as instruções de sobrevivências em 3 grupos: pré, durante e pós erupção vulcânica.
Cuidados prévios à uma erupção vulcânica
- Conheça o sistema de alarme da comunidade onde está o vulcão;
- Áreas de grande risco possuem procedimentos de evacuação bem estabelecidos, informe-se;
- Se você morar ou se hospedar numa região com vulcão ativo, crie uma rota de fuga da sua casa/hospedagem, previamente;
- Tenha um kit de suprimentos básico: primeiros-socorros, alimentos e água estocados, roupas e cobertores, mapa e rádios à pilha (importante para receber informações);
- Se for subir um vulcão, tenha máscara de respiração e óculos de proteção. Além é claro, de roupas que cubram toda a sua pele.
Segurança durante uma erupção vulcânica
- Fique ligado no notíciário. Informações importantes como anúncios de evacuação e sirenes são informados rapidamente nos noticiários;
- Não ignore instruções de emergência: se mandarem ficar em casa fique, se mandarem evacuar, abandone tudo e vá.
- Se estiver na rua, procure abrigo, como casas e loja. Feche as portas e janelas.
- Se não conseguir encontrar um abrigo, vá para um local alto.
- Proteja-se em áreas cobertas, pois o vulcão costuma arremessar rochas e cinzas com as suas explosões. Se não tiver área coberta, agache proteja a nuca com as mãos e fique de costas para o vulcão.
- Evite exposição aos gases da erupção, muitas vezes podem ser venenosos. Tente sair de perto do vulcão e utilize máscaras de gás ou máscaras comuns. Se não tiver, tente fazer um filtro com tecido umedecido.
- Não tente atravessar áreas geotermais, como fontes termais e gêiseres, pois em geral, o solo dessa região é bem fino. Embaixo pode haver lava vulcânica e, por mais que pareça estar frio, pode ser apenas a camada superior que esfriou.
Protegendo-se após uma erupção vulcânica
- Permaneça em casa ou abrigo e tente se informar através de rádios ou outros meios de comunicação. Mantenha a casa fechada, pois cinzas e gases podem continuar a cair/circular mesmo após a erupção;
- Fique longe de áreas com forte chuva de cinzas, elas são prejudiciais aos pulmões. Nem tente se deslocar de carro, pois as cinzas podem engasgar o motor e você ficar à deriva dentro do carro;
- Somente após o aviso de área segura, limpe as cinzas da sua casa e terreno. Por ser muito pesada ela pode danificar telhados. E com o vento, pode ser espalhada novamente e trazer prejuízos a saúde de quem inalar;
- Caso necessário, vá até um médico tratar queimaduras, ferimentos e inalação de gases ou cinzas.
Aproveite e veja todas as dicas de costumes e tradições que já demos aqui no Blog, sobre o Japão!
Conclusão
O monte Fuji é aquele local que você deve ir mesmo que não esteja apto a fazer a subida. Se esse for o caso, vá em Hakone, uma cidade que fica aos pés da montanha, bem famosa por abrigar diversos Onsens. Eles são lojas de banho em piscinas de água termal, nos mais diversos preços e visuais. Ótimo pra quem quer dar uma relaxada e curtir um programa tipicamente japonês!
O Monte Fuji foi registrado em junho/2013, como Patrimônio Cultural Mundial. Hoje, ele tem sua própria data de celebração, dia 23 de fevereiro. O mais engraçado é como que foi estabelecida essa data. Fu (2) Ji (2) San (3), foneticamente falando, significaria 2-2-3. Então decidiram estabelecer que o Fujisan No Hi (dia do Fujisan) seria 23.2.
That’s all Folks! A Jornada pelo Japão acaba aqui! Mas a viagem tem que continuar… E pra dar uma respiradinha do mundo asiático, nosso próximo post vai falar sobre o que fazer num feriado prolongado em Buenos Aires, Argentina. Já pensou em passar o recesso de natal ou ano novo por lá?! Então fica ligado, que em breve traremos novidades!!
Até a próxima…
Fontes
Japão em Foco: 20 Curiosidades sobre o Monte Fuji
Turistando com a Lu: Dicas para escalar o Monte Fuji no Japão
Site Oficial da escalada no Monte Fuji
Perdida no Japão: Monte Fuj - Escalando o Fujisan!
Isto é Japão: Escalada do Monte Fuji - Dicas para principiantes
A Aventura começa: qual a trilha escolher para subir o Monte Fuji
Fora da Zona de Conforto: a forma mais barata de escalar o Monte Fuji
Japan Guide: Monte Fuji
Wiki How: sobreviver a uma Erupção Vulcânica
Marina Tsuge
Administradora por formação, com 24 anos, descobriu na arte de escrever uma forma de compartilhar conhecimentos e incentivar mudanças.